O Vaticano criticou a imprensa neste sábado pelo que chamou de série de notícias difamatórias e falsas sobre o conclave para eleger o sucessor do papa Bento XVI, dizendo que os relatos são uma tentativa de influenciar a eleição. Os jornais italianos têm publicado nos últimos dias reportagens com conteúdos de um dossiê secreto preparado para o papa por três cardeais que investigaram as origens do escândalo sobre vazamento de documentos no ano passado.
As publicações sugerem que as revelações do dossiê, entregue ao papa em dezembro, foram um fator considerado em sua decisão de renunciar. Bento XVI tem dito que não tem "força no corpo ou na mente" para continuar.
Neste sábado, o Vaticano afirmou que a Igreja Católica tem insistido há séculos na independência dos seus cardeais para elegerem o papa. Agora, "a pressão da opinião pública" está em jogo e pode influenciar a votação. "É deplorável que, com a aproximação do início do conclave, ocorra a distribuição de histórias sem verificação e completamente falsas que causam sérios danos a pessoas e instituições."
O papa deixará a função em 28 de fevereiro. Bento XVI tem se referido às disfunções do Vaticano nos últimos dias, dizendo que a Igreja está frequentemente sendo "manchada" por ataques e divisões. Ele pressionou os membros a superarem o "orgulho e o egoísmo". As informações são da Associated Press.
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