Netuno
26/08/2010
1-Núcleo rochoso de silicatos; 2-Manto de água, metano e amoníaco gelado; 3-Atmosfera.
No caderno de anotações de Galileu consta a curiosa observação de uma estrela que ele chamou de Fixa. Isso foi em 28 de dezembro de 1612. Alguns dias mais tarde Galileu voltaria a observá-la, e dessa vez teria como referência uma outra estrela, que chamou de a.
Analisando suas notas, hoje guardadas na biblioteca de Florença, percebemos que Galileu reparou algo essencial: Fixa estava se aproximado de a. Mas infelizmente, nos dias que se seguiram o tempo não permitiu a continuidade das observações e Galileu perdeu as estrelas de vista.
Foi assim que, por um triz, Galileu não descobriu que Fixa era, na verdade, o planeta Netuno. O último dos planetas gigantes do Sistema Solar ainda teve de esperar até 23 de setembro de 1846, quando foi descoberto por Johann Gottfried Galle, no Observatório de Berlim.
Frequentemente os créditos dessa descoberta vão para o inglês John Couch Adams e o francês Urbain Le Verrier, que não o observaram, mas previram a sua existência matematicamente.
Composição e atmosfera
O NÚCLEO DE NETUNO é bastante semelhante ao de Urano, consistindo num amálgama de silício, ferro e outros elementos pesados, mas com propriedades físicas diferentes das rochas comuns.
Acima do núcleo há um manto gelado de água, metano e amoníaco sobre o qual se estende uma camada mais externa, a atmosfera propriamente dita.
Essa atmosfera contém proporções variadas de microscópicos cristais de gelo, cuja composição ainda não foi esclarecida. A luminosidade do planeta varia ligeiramente com o ciclo de atividade solar, sendo que os períodos de máximo coincidem com uma redução do brilho.
A belíssima cor azulada característica de Netuno deve-se ao metano, que absorve a radiação vermelha. Em sua atmosfera notam-se, ainda, nuvens cirros prateadas que se estendem por milhares de quilômetros.
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